fonte: tumblr |
Ao mesmo tempo, se olhava no espelho e via. Enxergava que ali dentro havia um cosmo que se inspirava em imagens e fazia delas um algo a mais. Que sofria com si e por si, muitas vezes só, tentando encontrar sentido nas pequenas coisas que encontrava na lixeira da mente da maioria. Visualizava os pedaços que lhe compunham, que foram repostos com uma pele diferente, porque a mesma já não lhe cabia mais. E entendeu que não haviam respostas, haviam ponteiros de relógios em várias partes do mundo que tiquetaqueavam, e que havia um relógio desses para ele encontrar, em uma torre, em algum lugar do planeta onde poderia, pela primeira vez, ver o seu mundo fora de si. Uma rua em que poderia, pelo primeiro instante, sentir que parte do seu pequeno universo estava ali, presente nas pessoas que continham também os seus.
Um dia decidiu tentar desamarrar os laços, desatar os nós, vestir-se de si, calçar os sapatos e ir, mesmo se preciso fosse ir só.
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