terça-feira, 21 de junho de 2016

Imaginação, música e coisas boas

Ultimamente está sendo complicado viver sem imaginar como seria definir esse pequenino período no futuro.

É um assunto para tratar na terapia? provavelmente. Mas em algum momento a gente pode conseguir tratar desses assuntos sem parecer piegas ou inútil demais.

Como estava dizendo, se conheço uma banda interessante simplesmente não consigo sentar e ouvi-la sem me imaginar falando com alguém sobre como eu conheci a banda, quais álbuns prefiro e agindo com a maior naturalidade do mundo sobre aquele gosto como se fosse parte de mim.

Isso acontece não só com a música.

Todavia, o mais importante nas entrelinhas entre o primeiro contato e a memória é esquecido: a experiência. Entre a primeira música ouvida e os anos nas costas ou mesmo o dia em que for contar para o tal amigo na tal conversa imaginária há várias horas nas quais você fica nervosa porque não começou a ouvir essas músicas antes, agora já conheceria mais deles e entra num ciclo sem fim que não dá em nada, sempre na espera do tal dia em que se lembrará desse da forma mais lírica possível. Horas essas que, na verdade, são para realmente ouvir o que quero e deixar a conversa hipotética acontecer naturalmente em algum dia por aí.

Ah, o lirismo...

Talvez seja solidão? talvez. Não ter muito com quem compartilhar? talvez. E reconheço o pouco conhecimento para vir aqui e escrever sobre. Só sairiam coisas como "então, é bem interessante..."

Quem sabe quando estiver com os cabelos brancos tenha material suficiente para falar sobre The Bends, mas, primeiro, é preciso a experiência de ouvi-lo.