quinta-feira, 30 de outubro de 2014

E o estopim veio de vinte centavos

julho de 2013
Corrupção; precariedade no sistema de saúde, com pessoas nos corredores, falta de médicos, de remédios,  enfim, de estrutura hospitalar pública; falta de investimentos na educação brasileira, com uma escola pública aparentemente confortável para sair nas propagandas, enquanto nas outras alunos e professores sofrem sem telhado e usando guarda-chuvas dentro das salas de aula - o caso em que a professora foi afastada do cargo por denuncia; próxima de Cuiabá, na única escola estadual do município de Ribeirão Cascalheira, as verbas foram prometidas mas o material está parado no chão -, sem portas, sem água, sem carteiras, sem quadros, e quando o material didático e os uniformes são entregues ficam guardados e não são distribuídos (como ocorreu em São Luís, MA); divulgar os problemas, apenas, é simples, pois é fácil encontrá-los, mas é obrigação do governo corrigir os mesmo, e não pode haver desculpa de falta de dinheiro, já que os salários no Senado são altíssimos, e além de ter condições o presidente do Senado usa avião oficial, pago com dinheiro público, para fins pessoais como ir a sua casa de praia; e não acaba ainda... vem a má remuneração aos professores, que ensinam todos os outros, porque o advogado, o médico, todos os outros são ensinados por professores, todos passamos por eles antes, e esses não são reconhecidos; os autos impostos cobrados no país, taxas, para andar em ruas esburacadas, com um trânsito congestionado e muitas vezes mal organizado; casas feitas pelo governo mas que caem depois de poucos tempo; e o mais forte atualmente, além da tarifa, que causa indignação em alguns desde o anunciamento: bilhões gastos em apenas UM! estádio de todos os que serão reformados e construídos, enquanto pessoas morrem nos corredores, enquanto a violência não permite uma pessoa, nas grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, poder chegar do seu trabalho em casa, que pode ser assaltada ou sequestrada, e muitas vezes morta ao abrir o portão, enquanto é preciso pagar escolas privadas quando a educação pública deveria oferecer o básico, o necessário, o mínimo aos alunos que a família não possui condições de pagar a escola. Para quem diz que não há motivos para tanto, que são SÓ POR VINTE CENTAVOS, será mesmo que não há motivos? Os protestos que estão ocorrendo não são somente para quem anda de ônibus, e vai sofrer com o aumento, mas para cada cidadão que vive sendo explorado de várias formas, sem os direitos que possui, para cada pessoa que quer um país melhor para viver, ser ser roubado, sendo exposto "na cara" o que se passa no governo e simplesmente não fazer nada. Acorda, representantes, que não há mais justificativas para tentar parar. Simplesmente não há como dizer que não existem motivos, porque eles são claros a muito tempo. E, principalmente, acorda, povo! que somos nós que escolhemos eles, apesar de toda a negociação entre os partidos, entre os que influenciam quem, quem apoia quem lá dentro... uma ação digna nas pequenas coisas já mostra educação, pertencimento a nação.

Nota: quero ressaltar que muitos dos problemas citados são problema não só do governo federal, como também dos governos estaduais e municipais.

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