domingo, 31 de maio de 2015

Passagens

Sem título
Fonte: Flickr Jacinta Moore
Momentos passam, pessoas vão embora, se escondem, dão tchau, adeus. A todo instante me preparo para saber que o que acontece pode não passar de uma tarde, uma noite, um instante de satisfação, de sentir seu lado humano no aperto no peito, na conversa franca implícita em um olhar.

Aquele entardecer perto de quem faz bem passa. As pessoas que fazem bem passam. E é indesejável para qualquer ser que viva sabendo que as coisas vão e vem, que as pessoas podem não ficar, porque é nessa situação que elas realmente podem não ficar e há sempre a dúvida: e depois.

E depois é só eu e você, ou seja, eu e meu eu interior, se esse também não procurar uma outra floresta para habitar, outras árvores onde repousar, outro chão de terra úmida e frestas tímidas de sol pelas copas das árvores.

Queria eu poder eternizar momentos, registrar em uma bela foto no ângulo perfeito, na iluminação ideal e natural, com as pessoas - humanas - como são mas como me queiram e, assim, ter uma visão de um depois. Ter mais palavras, mais histórias, mais de um pouco de tudo, apesar das saudades impossíveis de serem solucionadas, mas ser mais humano que costumes de dizer até logo sendo quase um adeus. Mais do mesmo, mais do novo que seja mais que novo. Mais do simples, todavia, intenso. Mais de tudo que seja passível de um "mais".

2 comentários:

  1. não sei mais onde meu eu habita e nem o que sou, mas os momentos devem ser aproveitados ao máximo o que em escritos e falas é simples, porém na realidade é algo pouco praticado, não só por culpa sua ou minha no caso, mas as circunstâncias que nos rodeiam, mas eu me esforço.

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  2. não sei mais onde meu eu habita e nem o que sou, mas os momentos devem ser aproveitados ao máximo o que em escritos e falas é simples, porém na realidade é algo pouco praticado, não só por culpa sua ou minha no caso, mas as circunstâncias que nos rodeiam, mas eu me esforço.

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