quarta-feira, 20 de abril de 2016

Des

nessa sua luta constante
que rebate aí dentro
e bate lá fora
e escorre aqui, agora
lhe atingindo de um canhão
entre tantos canhões espalhados no planeta
desperdiçando o tempo
deixando a enchente levar
enquanto todos adormeciam
e o som da televisão não mais se manifestava
e o estalar da dor de cabeça se fazia presente sozinho
punha para tocar a música que mais acalma
e inquieta (com) a poesia
sentia em sua face a luz que invadia as frestas da janela
visualizando a si e ao passado que hoje foi bom
o passado tão presente onde a mesma música a fazia sorrir
e chora de emoção por lembrar
que aí dentro ainda existe

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