quarta-feira, 20 de abril de 2016

Tecer

O meu copo está pela metade
E aquele som, tão característico
Me faz companhia na madrugada
Onde os versos são curtos
Onde a luz está forte
E me quer vivendo
E não me deixa dormir
E me questiona onde está
A chave que eu perdi
E que em algum momento esteve no meu bolso
O espelho diz estar aqui
Em algum lugar
Mas agora me deixou vagando
Divagando como um fantoche
Que puxa suas cordinhas de senhor dos brinquedos
Com seu rosto costurado
Mas crê não saber andar
E suas pernas bambeiam
Seu rosto escorre
Em fios que tecem o seu leito
E escrevem seu nome
Em uma página em branco

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